Friday, July 27, 2007

Onde estás...

Onde estás

É meia noite ... e rugindo
Passa triste a ventania,
Como um verbo de desgraça,
Como um grito de agonia.

E eu digo ao vento, que passa
Por meus cabelos fugaz:
"Vento frio do deserto,
Onde está ela? Longe ou perto?"
Mas como um hálito incerto,
Responde-me o eco ao longe:
Oh! Minha querida, onde estás? ...

Vem! É tarde! Por que tardas?
São horas de brando sono,
Vem reclinar-te em meu peito
Com teu lânguido abandono!...
Está vazio nosso leito ...
Está vazio o mundo inteiro.

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